BRASIL LIVRE

Manifesto Contra o Serviço Militar Obrigatório
Venho manifestar-me contra a obrigatoriedade constitucional da prestação de serviço militar pelos cidadãos da República Federativa do Brasil. Este posicionamento não significa objeção à existência do serviço militar, e sim especificamente ao fato do alistamento ser obrigatório. Posiciono-me igualmente contra a existência de um serviço civil alternativo que também seja obrigatório. Por definição, trabalho escravo é todo aquele exercido contra a vontade do trabalhador, ou por remuneração imposta, não negociável. Serviço militar obrigatório, serviço civil obrigatório e também trabalho compulsório como mesário em eleições configuram pura e simplesmente trabalho escravo, inconstitucional e imoral. Assim, no Brasil, O TRABALHO ESCRAVO É OFICIALIZADO. Reconheço e admiro o trabalho realizado pelas diversas unidades de serviço militar, com relação à introdução de jovens brasileiros de todas as origens aos conceitos de cidania, moral e civismo, e considero igualmente válida a preparação militar recebida pelos que prestam o serviço. No entanto, o caráter obrigatório do alistamento enfeia e descaracteriza o que poderia ser, se voluntária, uma bela demonstração de nobreza, dignidade e amor ao país. Finalmente, defendo a existência de uma força militar forte, profissional, bem equipada e remunerada, e inteiramente voluntária, à semelhança de grandes forças militares como as dos EUA e do Reino Unido.

Pedro Corbett









Hino Da Proclamação Da República

Música: Leopoldo Miguez (1850/1902)
Versos: Medeiros e Albuquerque (1867/1934)


Seja um pálio de luz desdobrado
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus

Seja um hino de glória que fale
De esperança de um novo porvir
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre país
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis

Somos todos iguais, ao futuro
Saberemos unidos levar
Nosso augusto estandarte, que puro,
Brilha avante, da Pátria no altar

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz

Se é mistér de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou esse audaz pavilhão

Mensageiro de paz, paz queremos
E de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé
O Brasil já surgiu libertado
Sobre as púrpuras régias de pé

Eia pois, brasileiros, avante!
Verdes louros colhamos louçãos
Seja o nosso país triunfante
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz





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