O banco Bradesco - maior banco privado brasileiro - disponibiliza dois números de telefone para acesso ao serviço de atendimento "Fone Fácil": 4002-0022 para capitais e regiões metropolitanas, e 0800-571-0022 para as demais localidades. Ao vir passar um tempo na cidade de Nova Friburgo/RJ, onde também tenho residência, fui desagradavelmente surpreendido ao tentar acessar o serviço "Fone Fácil" utilizando o número de discagem gratuita - uma mensagem automática me informou que "aquele número não podia ser utilizado em minha região geográfica". Liguei então (através de ligação interurbana) para o "Fone Fácil", onde uma atendente confirmou que, de fato, seria necessário fazer ligações interurbanas para acessar o serviço a partir desta cidade. O Bradesco tem presença há décadas na cidade de Nova Friburgo/RJ, que é pólo de indústrias têxteis, metalúrgicas e de tecnologia da informação, e atualmente possui três agências na cidade. Imagino que, se em uma cidade desta importância, os clientes do banco não podem utilizar o número 0800 para acesso ao atendimento telefônico, a situação deva se repetir em centenas de outros municípios brasileiros. Se você é cliente do Bradesco e reside em um dos municípios em que isto ocorre, você pode contribuir ativamente para forçar este banco a respeitá-lo como cliente, fornecendo acesso ao essencial serviço de atendimento telefônico através do número 0800 ou de um número telefônico local: protocole reclamações junto ao banco através do serviço "Fale Conosco" do site ou do próprio "Fone Fácil", e junto ao Banco Central em http://www.bacen.gov.br . Além disso, escreva para seções de defesa do consumidor de jornais, revistas e sites relatando o caso. A coluna Defesa do Consumidor do jornal O Globo pode ser contatada através do site do jornal em http://www.oglobo.com.br . Alguns sites que podem ser contatados: http://www.reclameaqui.com.br , http://www.ivox.com.br e http://www.proteste.org.br . Outro eficiente meio de ação é mobilizar seus contatos do Orkut e escrever sobre a atitude do banco nos fóruns de comunidades de que você faça parte. Há sempre dois caminhos a seguir: ser omisso e permitir que o Estado e os grandes detentores do capital interfiram cada vez mais em sua vida pessoal e direitos individuais, ou agir ativamente e de todas as formas possíveis contra abusos e arbitrariedades - antes que seja tarde demais.